Muito amor em Mérida

Se em Playa del Carmen já havíamos nos sentido em casa, chegar em Mérida foi como encontrar o colo de mãe. Naquela cidade linda e ultra quente, vivia Yamille, amiga que morou comigo no hostel Arribo, durante o intercâmbio em Buenos Aires, partilhando todas as alegrias e desafios daquela experiência.

Fazia 4 anos que não nos víamos, mas encontrá-la foi como se o tempo não tivesse passado. Mais ainda, foi conhecer uma amiga em seu cantinho, lembrar como ela é especial e me orgulhar de sua amizade.

Fomos recebidos tão bem, mas tão bem, que dá até uma emocionada só de lembrar. Tia Miriam, Aby, Abuelo, Emma, Luís, Anael, Adriana, coco e nossa reina fizeram nossos dias por lá mais que especiais. Família e amigos, todos juntos, tem como ser melhor? E foi assim que nos sentimos. Como se a família e os amigos da Yami também fossem nossos.

Eles cuidaram de cada detalhe, cada lugar a conhecer e, principalmente, cada iguaria. Ah, como comemos! A sensação era a de que sempre estávamos cheios. Sabe aquele cheio quase explodindo? Eitaaaaa, sensação boa! As comidas de Mérida merecem um texto só para elas, mas já adianto que passamos bem.

No primeiro dia, fomos visitar Homún, que não é muito conhecido, mas abriga diversos cenotes, um mais lindo que o outro. Não sabíamos ao certo o que era cenote, mas ali descobrimos um dos fenômenos mais incríveis da natureza. Recordo que, logo quando chegamos, me senti como a Alice no País das Maravilhas. Havia uma árvore e um buraco, só faltava o coelho. A gente também não despencava de lá, mas lá embaixo havia um outro mundo. Piscina naturais incríveis de um azul e verde profundos, água geladíssima e muitas estalactites.

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Naquele dia, visitamos uns quatro cenotes e o mais incrível é que eles eram diferentes um do outro. Teve salto do tronco, da corda, água gelada, medo de altura, tuc tuc na moto, cervejas muito mais mexicanas que a nossa conhecida Corona, dor na bunda, cavernas, morcegos … e pra finalizar poc chuc!

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Por lá, também fomos conhecer Chichen Itza que faz jus à fama. É um sítio arqueológico que manteve preservada uma das cidades mais importantes da cultura maia. Visitamos algumas pirâmides, o cemitério, alguns templos, um cenote onde eram feitos sacrifícios humanos e uma espécie de campo de futebol que de semelhante só o uso de bola mesmo.

No jogo deles, utilizava-se as mãos e, para fazer gol, o quadril. A trave ficava na lateral do campo e os vencedores eram sacrificados, como forma de homenagear a qualidade de guerreiros pela vitória. Literalmente, jogos de vida ou morte. Saímos de lá impressionados com a magnitude das construções que só confirmam o desenvolvimento atingido pelos maias e, ao mesmo tempo, triste por terem sido tão covardemente devastados pelos “conquistadores”. O céu nas fotos também explica o fato de terem sido grandes estudiosos de astronomia, inclusive com observatórios ali naquela cidade. Imagine isso de noite!

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Ainda nesse dia, depois do banho de história, era a vez de nos banharmos em mais um lindo cenote. Na volta, não deixamos de apreciar e rir muito da capacidade Yucateca de instruir caminhos: segue reto, reto, reto, dobra ali e depois mais uma vez e reto, reto, reto.

Teve de tudo em Mérida, até aniversário. No dia 4 de maio, era niver da Yami e tivemos a sorte de poder passar com ela. Durante o dia, fomos para Izamal, conhecer um dos “Pueblo Mágico”. Era uma cidadezinha cheia de história e toda amarela. Visitamos a praça e a Igreja em que o Papa João Paulo II esteve, mais uma das centenas de pirâmides maias que se encontram pela região e, pra fechar o passeio, almoçamos várias delícias típicas e tomamos granizado de frutas.

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E, pela noite, festa! Comemoramos o níver da Yami com muita comida, risadas, canastras mexicanas e, como não podia faltar, brigadeiro! Não saíram muito bons, mas fizeram sucesso mesmo assim.

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Por lá, também assistimos uma luta de boxe (que era para ter sido “a” luta), visitamos o centro histórico de Mérida, o palácio do governo onde há lindos murais pintados por um tio da Yami, comemos ainda diversas outras delícias, visitamos o Museu do Mundo Maia, que é fodástico, e nos despedimos tristes. Nossa família em Mérida deixaria saudades.

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3 comentários sobre “Muito amor em Mérida

  1. Sensacional! Cada vez que vejo alguém falar ou escrever sobre o México, especialmente Mérida, fico mais empolgado de colocar esse país como próximo destino de viagem. As fotos correspondem exatamente ao relatos de vocês! Este blog tem sido, não somente por este post, o melhor guia de motivação para dar um rolezão pela América! Parabéns.
    Abração, amigos

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