Mérida e suas delícias

Não estávamos brincando quando dissemos que comemos bem em Mérida. Era sério, muito sério. Acho que foi o lugar com mais variadas e locais delícias de toda a viagem. Até aquele momento, então, sem dúvida nenhuma!

E logo no dia em que chegamos, apesar de não muito mexicanos, já começamos bem. Fomos a um bar alemão e ali experimentamos várias linguiças super boas e uma espécie de pizza ou, como eles chamam, tarta. Essa janta ainda teve um tempero especial porque, durante nossas cervejas e linguiças, o Rafa lembrou que tinha esquecido outro cartão no caixa eletrônico. Essa foi só a chegada!

No dia seguinte, logo pela manhã, antes de irmos para os cenotes, tivemos um café da manhã delicioso com kibes recheados e salbutes, acompanhados de um refrescante suco de mexerica. Mérida, assim como o Brasil, também teve imigracão árabe e esses kibes, os kibes rellenos, são especialidade por lá e deliciosos!! A massa era frita na hora e eles recheavam com carne empanada, cebola frita, guacamole e chile, claro. Mas ainda era manhã e fomos com calma na ardência.

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Nesse dia também, conhecemos o poc chuc. Um prato local com bife de porco frito e uma linguiça diferente, acompanhados de feijão colado, cebola assada e chiltomate. Imagine então depois do dia todo nadando nos cenotes. Melhor ainda! Comemos poc chuc também na volta de Chichen Itza, em uma casa que certamente não entraríamos se não fosse muito bem recomendada. A demora e lotação deixaram o poc chuc ainda melhor. Esse também vinha acompanhado de feijão cozido servido em uma tigela e as deliciosas tortillas, feitas ali mesmo na mão e na hora. Ah, nesse dia, não economizamos na pimenta, o famoso chile habanero deu ainda mais sabor ao poc chuc!

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Mas o melhor dia para nós foi o que almoçamos com a família da Yami! Depois de um café da manhã com frutas, ovos e saborosíssimas quesadillas feitas por nossa reina, fomos ao restaurante Los Trompos. Ali, provamos tacos de queijo que são umas tortilhas menores recheadas com queijo derretido. Nesse dia, ainda comemos carne grelhada, depois de uma larga temporada sem carne, e experimentamos o chicharón de queijo, esses canudos da foto aqui debaixo. Também comemos feijão com limão pela primeira vez. Naquela mesma tigela com feijão cozido, eles espremem limão. Nunca tínhamos sequer cogitado colocar limão no feijão, mas não é que fica super bom!?! Ainda, comemos a pizza pastores. Seja lá o que for pastor, era super bom.

O que mais fez a diferença, porém, era a vasta oferta de molhos para adicionar na carne, nos tacos, na pizza, no feijão, em tudo. Tinha o tal do chiltomate que é um molho de tomates vermelhos, amassados depois de serem assados no forno. O famoso guacamole e outro molho de tomates verdes. No começo, pensamos que era o nosso conhecido tomate vermelho ainda não maduro, mas descobrimos que não. O tomate verde deles está maduro, mas continua verde.

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E como esquecer! Nesse dia ainda fomos direto de lá para uma sorveteria no centro de Mérida. Provamos sorvetes de coco, chocolate e mamey, uma fruta que nós não conhecíamos. Para finalizar, uma passadinha em uma barraca de marquesitas. Sabe o que são? Massas de crepes enroladas e recheadas com queijo holandês ou nutella, ou queijo holandês com nutella e mais um pouco de nutella. Tava bom para aquele dia! Comer de novo só no dia seguinte.

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E que não poderia ter começado melhor. Levantamos e a convite dos avós fomos por um desayuno no restaurante do tio da Yami. Ali, provamos bolos de cenoura, coco e chocolate – que eles chamam de pão -, diferentes dos nossos por serem mais consistentes e igualmente bons. Pela primeira vez, pudemos experimentar ovos beneditinos. Tudo estava super saboroso.

Em outra manhã, ainda, saímos com a família da Yami em busca de tacos de cochinita que é carne de porco desfiada, feita com um molho misterioso. E também comemos sanduíches de lechón, que é bem parecido com nosso saudoso sanduíche de pernil. Aquele começo de manhã nos lembrou os fins de noite no Estadão.

Foram tantas coisas. Até o noodles que provamos em um dos dias em que saímos só com os avós da Yami eram deliciosos. Noodles com abacaxi e camarão. Falando nisso, achamos que o abacaxi e a manga do México e da América Central em geral são mais saborosos que os nossos. Em compensação, o melão não agradou muito. Eles são mais laranjados e com um gosto meio estranho ao nosso paladar. De qualquer forma, valeu a pena ter experimentado.

E, como não poderia deixar de ser, no dia do niver da Yami, foi só fartura! Almoçamos num restaurante super bom no pueblo mágico de Izamal. Por lá, provamos empanadas de chaya recheadas com queijo, panuchos, salbutres e sopa de lima que é bem parecida com nossa canja, mas com um gostinho de lima ao fundo. Além da água de chaya, que adoramos! Também experimentamos os granizados de frutas, que são como nossas raspadinhas, mas com frutas frescas. E as verdadeiras paletas mexicanas, só que essas eram de abacaxi com chamoi que é uma espécie de pimenta/tempero, meio salgado, meio doce e difícil de descrever. Super diferente, mas gostamos! A noite foi vez da tradicional lasanha mexicana, salada de folhas, bolo e brigadeiro de microondas!

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E como agradecer todo o carinho e bom gosto que eles estavam tendo com a gente? Fazendo comida brasileira!! Não poderia ter outro jeito. O prato escolhido foi strogonoff de carne com arroz e batata palha e, de sobremesa, bombom de morango, especialidade da mãe do Rafa. Claro que eles gostaram. Compramos ingredientes para uma batalhão e achamos que sobraria para toda a semana, mas não é que quase acabou? Comemos tanto, mas tanto, que ficamos depois todos tristes e sem assunto. O jeito era ir para a cama digerir aquilo tudo. Foi bom pra gente também provar uma comidinha brasileira, ainda que strogonoff não seja aquela brasilidade.

Antes de partimos, fizemos ainda outra receita de bombom de morango para que eles pudessem se lembrar de nós por mais alguns dias e, para finalizar nossa aventura gastronômica com muito amor, trocamos receitas com a Aby. Ela nos deu a do pae de banana e nós deixamos algumas que lembrávamos!

Que delícia!

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